quinta-feira, 22 de abril de 2010

Manutenção da Horta

Para a manutenção da horta pedagógica, é essencial que se proceda a um conjunto de métodos de forma eficaz, tais como:
  • o desbaste: a horta tem que ser mantida limpa, as ervas daninhas e outras sujidades devem ser retiradas diariamente com a mão.
  • a rega regular: a horta deve ser regada duas vezes ao dia em dias quentes; o solo não pode ficar encharcado para evitar o aparecimento de fungos;
  • a rotação de culturas: técnica agrícola de conservação que visa diminuir a exaustão do solo, trocando as culturas a cada novo plantio de forma que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo. Aplicando esta técnica, melhoramos o controle de plantas daninhas e insectos, pela quebra de seu ciclo de desenvolvimento, variação da absorção de nutrientes, e ainda variação radicular explorando de diferentes formas o solo.

Sendo assim, as turmas envolvidas devem desde cedo organizar-se no sentido de assegurar que tudo corre pelo melhor. A cada colheita, deve ser feita a reposição do adubo para garantir a qualidade da terra e das hortaliças.

As ervas daninhas aparecem sempre nos lugares que menos desejamos, e por mais que as retiremos, voltam sempre mais cedo ou mais tarde. Na realidade a erva daninha é mesmo assim, e o combate ao seu aparecimento no jardim tem que obrigatoriamente ser periódico.
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Uma técnica de combate à erva daninha caseira, que, quando bem feita, obtém resultados muito bons, é retirar todas as ervas daninhas existentes na zona afectada; depois de limpo, aplicar à volta das plantas folhas de jornal molhadas em camadas sobrepostas; é importante colocar entre 8 a 10 camadas, pois se não forem suficientes não será efectivo; o papel permite que a água passe para baixo, mas surpreendentemente as ervas daninhas têm grande dificuldade em ultrapassar esta barreira (o mesmo não acontece com o plástico). A grande vantagem é que o papel é biodegradável e não polui o ecossistema da mesma maneira que os herbicidas. Quando cobrir a zona desejada, tapar o jornal com um pouco terra o que dará um aspecto bonito ao canteiro, escondendo a barreira contra as ervas daninhas.
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No entanto, quando bem utilizadas, as ervas daninhas são dos melhores companheiros para as plantas cultivadas; como é óbvio, nunca se deve permitir que as infestantes abafem as outras plantas mas em pequena quantidade exercem uma boa influência:
  • as extensas raízes das ervas daninhas penetram o subsolo fendendo-o e tornando mais fácil para as raízes das plantas a penetração mais funda em busca de água e nutrientes.
  • Algumas são úteis por fornecerem sombra e manterem a humidade nas plantinhas, evitando que sequem sob os raios solares. Além disso, a humidade do subsolo passa por capilaridade pelo exterior das raízes das ervas daninhas chegando ao nível em que as plantinhas a podem aproveitar.
  • Outra característica interessante é que as ervas daninhas parecem possuir a propriedade de acumularem os nutrientes em que um determinado solo é deficiente. As ervas daninhas também melhoram o solo por acção do seu sistema radicular, que fornece matéria orgânica ao solo, aumentando o teor deste e o do subsolo em húmus. .
Se num terreno as ervas daninhas têm um aspecto viçoso, provavelmente esse terreno será fértil para as plantas cultivadas. Alguns manuais aconselham que se deixe que essas ervas cresçam, mas efectuar o seu corte antes que produzam semente, e deixá-las murchar durante uns dias para depois proceder ao seu enterramento como estrume verde. Poderá também melhorar o composto orgânico incorporando nele as ervas daninhas.

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