segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Preparação da horta

Nesta fase do ano, em que as condições meteorológicas não são as melhores para nos dedicarmos às actividades ao ar livre, propomos algumas actividades que poderão ser realizadas dentro de portas.

Organização da horta De forma a maximizar a motivação das crianças pela criação e manutenção de um espaço hortícola na escola, sugerem-se algumas actividades e medidas de planeamento:
  • Dividir os talhões por legumes e por turmas, por ex: a turma das cenouras, a turma das alfaces, etc;

  • Criação de um espantalho e separação física de talhões durante o período de preparação do terreno através do reaproveitamento de ramos caídos, que poderão ser decorados, para delimitação dos diferentes talhões ou de embalagens PET para recipiente de soluções repelentes de fauna indesejável;

  • Associação à roda dos alimentos: valores nutritivos e recomendações para alimentação saudável;

  • Atribuição da responsabilidade da rega matinal às turmas da manhã e a do final do dia às da tarde; caso sejam duas ou mais turmas, calendarizar as tarefas de forma a tocar a todas;

  • Criação de um calendário de observação para registo do acompanhamento da experiência, de observações e de conclusões feitas pelos alunos;

  • Calendarização das diferentes actividades (sementeira, regas, colheitas,exposições, etc.)

  • Realização de experiências de forma a permitir a percepção da importância dos factores naturais, tais como: plantio de sementes de um legume em três caixas de ovos vazias, onde uma não receberia luzdo sol nem água, a outra receberia luz do sol e não receberia água e a terceira receberia luz do sol e água;

  • Troca de iInformação entre turmas por exposição, palestras ou peças de teatro, uma vez que cada turma se torna “especialista” de determinado legume;

  • Exposição a pais, familiares e amigos de forma a promover a interacção com a comunidade envolvente, p.e. exposição das actividades econhecimentos adquiridos pelos alunos, feira de venda simbólica de excedentes hortícolas, manuais de perguntas frequentes feitas pelas crianças e conclusões às quais a realização da Horta Pedagógica permite chegar, etc.

Fonte: Manual do Professor, 2009.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Manual do Professor

Já está disponível no site da AMES o Manual do Professor para a implementação do Projecto na escola, contendo informação sobre Agricultura Biológica, compostagem e algumas sugestões para actividades relacionadas com a horta.
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Criado para ser distribuído nas escolas do Projecto, a AMES disponibiliza-o a todos os interessados no seu conteúdo, após alguns pedidos para a sua cedência a entidades exteriores, aos quais a AMES respondeu afirmativamente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Compostagem

A compostagem é um processo em que os microrganismos transformam a matéria orgânica como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo a que se chama composto, o adubo mais antigo e mais natural do mundo, podendo ser feito e usado directamente em cada horta ou jardim. O adubo natural que resulta da compostagem coloca-se directamente na terra da horta (solo) para melhorar a sua qualidade, pois a matéria orgânica que devolve à terra permite que microorganismos defendam o solo de doenças e parasitas.

Razões para compostar
Ao reciclarmos a matéria orgânica e restos de horta, produzimos menos lixo e contribuímos para o aumento da fertilidade dos solos. Sabia que os solos portugueses são muito pobres em matéria orgânica? A compostagem é uma forma de os enriquecer. O produto final – o composto – é um fertilizante natural que melhora a qualidade da terra onde crescem os legumes, evita a erosão, aumenta a quantidade água disponível para os legumes e protege o solo e os legumes de doenças. Assim, ao fazermos compostagem, não precisamos de usar herbicidas e pesticidas, produtos químicos nocivos para a saúde humana e para o ambiente.
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O compostor é o recipiente que recebe o material e onde nascerá o composto. Deve apresentar muitos espaços para a circulação do ar, ter uma rede na base para evitar a entrada de roedores e uma tampa para evitar a entrada em excesso da água quando chove. Pode ser industrial ou artesanal, sendo estes os mais adequados ao propósito da compostagem, sendo os de plástico mais facilmente degradáveis. Actualmente existe uma boa selecção, com grande variedade de escolha que pode ser encontrada em algumas lojas ou centros de jardinagem. Muitas vezes estão disponíveis por encomenda postal. Se não quiser comprar pode construir o seu compostor.

Deve colocar o compostor em cima de terra e não numa superfície impermeabilizada, isto facilitará a drenagem da água e a entrada de microrganismos benéficos do solo para a pilha. Deve ser colocado num local de fácil acessibilidade, protegido do sol, preferencialmente debaixo de um árvore caduca que permita a passagem do sol no Inverno e, no Verão, o proteja do calor excessivo. O recipiente deve também ficar protegido do vento.
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O que colocar no compostor
Podemos colocar no compostor plantas de exterior e de interior, flores murchas e frutas caídas, restos de café e chá com filtros e bolsas, restos de comida como pão, cascas de ovo, cascas de batata, legumes, borras de café, arroz, massa, cascas de fruta e cereais - os chamados "verdes". Também podemos colocar material cortado de árvores, sebes e arbustos: aparas de madeira, serradura, relva e erva seca, ramos pequenos, folhas secas, pequenas quantidades de cinza de madeira, feno e palha - os chamados "castanhos".

O que não colocar no compostor
Não devemos nunca colocar carne, peixe, marisco, lacticínios e gorduras (queijo, manteiga e molhos); excrementos de animais; resíduos de jardim tratados com pesticidas; plantas doentes ou infestadas; cinzas de carvão; ervas daninhas com semente; têxteis, tintas, pilhas, vidro, metal, plástico, medicamentos e produtos químicos.





Como colocar
Na primeira camada, colocar ramos e folhas, de forma a formar um bolsa que permita a passagem de ar. Depois colocar "verdes" e "castanhos" nas camadas seguintes, e terminar com uma camada de folhas. Revolver esta pilha de 3 em 3 dias. Quando o composto parecer e cheirar a terra, está pronto a utilizar.

Sugerimos aqui uma forma de proceder:
· Corte os resíduos castanhos e verdes em bocados pequenos.
· No fundo do compostor coloque aleatoriamente ramos grossos (promovendo o arejamento e impedindo a compactação).
· Adicione uma camada de 5 a 10 cm de castanhos.
· Adicione no máximo uma mão cheia de terra ou composto pronto; esta quantidade conterá microrganismos suficientes para iniciar o processo de compostagem (os próprios resíduos que adicionar também contêm microrganismos); note-se que grandes quantidades de terra adicionadas diminuem o volume útil do compostor e compactam os materiais, o que é indesejável;
· Adicione uma camada de verdes.
· Cubra com outra camada de castanhos.
· Regue cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado. Este teor pode ser medido através do "teste da esponja", ou seja, se ao espremer uma pequena quantidade de material da pilha, ficar com a mão húmida mas não a pingar, a humidade é a adequada.
· Repita este processo até obter cerca de 1 m de altura. As camadas podem ser adicionadas todas de uma vez ou à medida que os materiais vão ficando disponíveis.
· A última camada a adicionar deve ser sempre de castanhos, para diminuir os problemas de odores e a proliferação de insectos e outros animais indesejáveis.
Atenção: este processo pode demorar alguns meses, dependendo da atenção do horticultor.

Resolução de problemas
De seguida encontram-se sistematizados alguns dos principais problemas, causas e soluções possíveis num processo de compostagem doméstica.

Fonte: “Manual do Professor”, AMES, 2009

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sessões teóricas nas escolas

Na semana passada decorreram as sessões teóricas do Projecto nas escolas do Pendão, do Casal do Cotão e de Agualva nº 3. Nestas sessões, dirigidas aos alunos, foram abordados os seguintes temas:

O ciclo de vida das árvores

A Agricultura Biológica


Para os mais velhos do 3º e 4º ano foram também abordados os seguintes temas:
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Como se alimentam as árvores
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Compostagem
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Épocas de Sementeira

No quadro seguinte apresentam-se alguns dados relativos a algumas espécies hortícolas, como a época de sementeira, o tempo de germinação e o compasso de plantação, ou seja, o espaço que deve ser dado à planta para crescer.
Fonte: Uma Horta Biológica na Escola - Manual Prático para Alunos, Agrobio, 1998
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Pela tabela, apenas os nabos são recomendados para serem plantados nesta altura do ano.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Hortas Pedagógicas 2010/2011

Com o início do ano lectivo, arranca também o Projecto Hortas Pedagógicas, tendo sido visitadas as escolas em lista de espera para implementação ou acompanhamento de uma horta no espaço escolar, através da aplicação de conceitos biológicos.

Assim, e após a análise das condições para a criação de uma horta nas escolas, foram seleccionadas as seguintes:
  • EB23 António Sérgio - turma de ensino especial;

  • EB1/JI Casal do Cotão

  • EB1/JI Pendão

  • EB1 Agualva nº 3

  • EB1/JI Sabugo e Vale de Lobos

  • EB1/JI Massamá nº1
Em lista de espera ficam algumas escolas cujas condições do terreno não permitem ainda avançar com o Projecto.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Explorações de Agricultura Biológica e Quintas Pedagógicas

Em tempo de Verão, as explorações e Quintas Pedagógicas que aplicam conceitos de Agricultura Biológica não entram de férias, pelo que é possível visitá-las mediante contacto prévio. Ficam aqui algumas sugestões:

BIOFRADE

Localização
Aldeia do Casal do Frade, Concelho da Lourinhã
Casal do Frade, 2530-082 Lourinhã

Descrição

Para além da produção de alimentos biológicos esta exploração tem outros objectivos, igualmente importantes, que se traduzem em actividades sociais, culturais e pedagógicas, que podem ser realizadas pelos visitantes.

Contactos
António Gomes
Tel: 261 423 981 Fax: 261 412 231

Visitas de estudo
Engº Vítor Gomes
TM: 919 380 658

E-mail:
biofrade@hotmail.com
URL: http://www.biofrade.com

CASAL DOS PLANETAS

Localização Casal dos Planetas, Concelho de Vila Franca de Xira, 2600-602 Castanheira do Ribatejo

Contacto
Marina Pereira
TM: 917 270 692
Fax: 21 411 29 06

Descrição
A actividade desenvolvida no Casal dos Planetas iniciou-se com a produção de diversas frutas certificadas em 1994, tendo vindo a evoluir para uma diversificação que hoje engloba igualmente a produção vinícola e pecuária.

Outras informações
Visitas de estudo sob marcação prévia, essencialmente no período de Primavera/Verão.


MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA ALVES

Localização
Localidade de Cambelas, Concelho de Torres Vedras
2560-192 São Pedro da Cadeira

Contacto
Germano Tel: 261 857 601

Descrição
Esta agricultora deu início à sua actividade por volta de 1985. Em terras que pertenciam à geração anterior, o seu marido foi um dos pioneiros da Agricultura Biológica em Portugal, enfrentando todas as dificuldades inerentes a esse estatuto e adquirindo, por seu lado, uma experiência bastante interessante.


Outras informações
Visitas: Sim. Horários a combinar, através de contacto prévio.


QUINTA DO RIO TOURO

Localização
Quinta do Rio Touro, AZÓIA, CABO DA ROCACOLARES, 2705.001 SINTRA

Contactos
Maria Gabriela e Fernando Reino
Tel. 21 929 28 62Fax 21 929 23 60
www.quinta-riotouro.cominfo@quinta-riotouro.com

Descrição
A Quinta está situada em plena Serra, no interior do Parque Natural Sintra-Cascais, a igual distância das duas cidades. Com uma área de cerca de três hectares tendo o Oceano na linha do horizonte, a Quinta do Rio Touro estende-se por um vale aberto ao longo de um riacho chamado pomposamente Rio Touro.

Outras informações
Visitas: Sim, entre 10 a 15 alunos. Horários a combinar, através de contacto prévio.

MONTE DOS PICAVÉUS

Localização
Monte do Vale Roque, CCI 3028
7580-706 Santa Susana

Contactos
T. 96 032 98 01 (Samuel Félix)
Fax: 213 648 447
email:
montedospicaveus@gmail.com

Descrição
Produção de legumes, azeite, azeitonas, fruta, sumos e doces.

Outras informações
Visitas: Sim. Horários a combinar, através de contacto prévio.

QUINTA DO MONTALTO

Localização
Quinta do Montalto, Montalto, 2435-439 Olival

Contactos
André Gomes Pereira T. 932705052
Email:
andre@quintadomontalto.com
url: http://quintadomontalto.com/ email: info@quintadomontalto.com

Descrição
Localizada no centro do país, na região de Ourém, perto de Fátima, está a dar os primeiros passos na horticultura, pelo que a Quinta produz hoje um leque considerável de produtos, procurando atingir elevados patamares no que concerne à qualidade.

Outras informações
Visitas: Sim. Horários a combinar, através de contacto prévio.


QUINTA DO OUTEIRO

Localização
Quinta do Outeiro
2580-491 CarregadoLisboa

Descrição
A Aromas do Outeiro dispõe de uma estufa de 1000 m2 equipada com modernos sistemas de controlo de humidade e de temperatura onde se podem produzir hortícolas de qualidade durante todo o ano, sem recurso a pesticidas; de uma área de agricultura biológica de ar livre de 3,6 ha com horticultura, fruticultura e aromáticas; e de um pequeno pomar diverso que está agora em conversão para MPB. A vinha de uva de mesa, em produção integrada, ocupa 3,7 ha.


Contactos Teresa Agualuza 91 787 58 53, Pedro Linares 91 651 71 73, Exploração 263 852 279 email: aromasdoouteiro@oniduo.pt quintadoouteiro@oniduo.pt url: www.aromasdoouteiro.blogspot.com/ http://aromasdoouteiro.planetaclix.pt/

Outras informações
Visitas: Sim. Horários a combinar, através de contacto prévio.


QUINTA PEDAGÓGICA DOS OLIVAIS

Localização Rua Cidade Lobito, Olivais Sul, 1800-088 Lisboa

Descrição Situada na freguesia dos Olivais, a Quinta Pedagógica está integrada no Departamento de Educação e Juventude, Direcção Municipal de Acção Social, Juventude e Desporto, Pelouro da Educação, da Câmara Municipal de Lisboa.

Contactos
Tel: 21 855 09 30
Fax: 21 855 09 48
E-mail: quinta.pedagogica@cm-lisboa.pt
Site: http://quintapedagogica.cm-lisboa.pt

Horários
Outubro a Abril3ª a 6ª feira – 9h00 / 17h30

Sáb. Dom e Fer – 10h00 / 17h30
2ª Feira – Encerrada ao público
Maio a Setembro3ª a 6ª feira – 9h00 / 19h00
Sáb. Dom e Fer – 10h00 / 19h00
2ª Feira – Encerrada ao público

QUINTA DAS MARGARIDAS

Localização Rua da Julia 22 – Pegões, 2985-201 PEGÕES

Descrição
A Quinta das Margaridas organiza actividades de educação ambiental para crianças do pré-escolar ao 2º ciclo, com jogos tradicionais e programas temáticos ao longo de todo o ano.

Actividades A Quinta das Margaridas possui programas educativos para crianças do pré-escolar ao 2º ciclo. As actividades passam por aprender a fazer pão, conhecer os animais e plantas, jogos de caça ao tesouro e gincanas de jogos tradicionais, dar uma volta de pónei ou de tractor. Durante as semanas temáticas, a Quinta das Margaridas proporciona aos seus visitantes algumas actividades extra dedicadas, por exemplo, às vindimas, ao S. Martinho, aos Santos Populares ou aos Avós.

Horário de funcionamento
De Segunda a Sexta-feira, das 9h às 17h.
Visitas sujeitas a marcação prévia.

Contactos
Tlf. 217 786 460 / 265 896 534
Tlm. 936 961 822 / 933 601 510
E-mail:
email@quinta-pedagogica.net
http://www.quinta-pedagogica.net/


QUINTA PEDAGÓGICA DA GRANJA

Localização A-dos-Cãos, 2670-341 LOURES

Descrição
A Quinta Pedagógica da Granja organiza festas, aniversários e workshops para escolas, associações e grupos com actividades ligadas à natureza, promovendo o convívio.

Actividades A Quinta Pedagógica da Granja organiza festas, aniversários e workshops para escolas, associações e grupos com mais de 20 crianças. As actividades passam por jogos, confecção de pão, visitas aos animais e passeios de carroça, promovendo o equilíbrio com a natureza.

Horário de funcionamento
Segunda a Sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 20h.
Visitas pedagógicas de Segunda a Sexta-feira, das 9h30 às 16h.
Visitas sujeitas a marcação prévia.

Contactos
Tlf. 219 821 477
Tlm. 919 928 188
Fax. 219 821 477
E-mail:
quintadagranja@gmail.com
http://www.quintadagranja.com/

QUINTA DO MONTE VENTO

Localização Rua José Augusto Coelho 133 - 1º Reserva Natural do Estuário do Sado - Agualva de Cima, 2965-543 ÁGUAS DE MOURA

Descrição
Inserida em plena Reserva Natural do Estuário do Sado, a Quinta do Monte do Vento tem inúmeras actividades de educação ambiental, jogos tradicionais e desportos radicais, abertas a escolas, empresas e ao público em geral.

Actividades Inserida no CINZAMBU - Centro de Interpretação Ambiental do Zambujinho, em plena Reserva Natural do Estuário do Sado, a Quinta do Monte do Vento permite desfrutar de várias actividades como passeios pedestres e de BTT (com ou sem guia), peddy-papers, jogos desportivos e tradicionais, slide, escalada, rappel, tirolesa, tiro com arco, canoagem e passeios de barco no estuário do Sado. Também são organizados ateliers temáticos sobre horticultura, ervas aromáticas, reciclagem e arqueologia. As actividades estão abertas a escolas, empresas e ao público em geral. São também organizadas festas de aniversário, férias desportivas e acampamentos.

Horário de funcionamento
De Segunda a Sexta-feira, das 9h às 18h. Aos fins-de-semana é necessária marcação.

Contactos
Tlf. 212 198 910
Tlm. 912 536 286
E-mail:
catarina.magalhaes@aflops.pt

QUINTA PEDAGÓGICA DA BROEIRA

Localização Estrada de Pontével, Vale da Pinta, 2070-565 CARTAXO

Descrição A Quinta Pedagógica da Broeira tem programas e circuitos temáticos de actividades de sensibilização para a protecção do ambiente e o despertar para a natureza.

Actividades A Quinta Pedagógica da Broeira disponibiliza vários pacotes temáticos para escolas que visam fomentar a aprendizagem sobre o funcionamento das actividades agrícolas e pecuárias, tendo sempre em conta a sensibilização para a protecção do ambiente e o despertar para a natureza. Cada circuito é dedicado a uma temática como o leite, o porco, o pão, a água ou desportos de aventura.
Horário de funcionamento: Das 9h30 às 16h30. Visitas sujeitas a marcação prévia.

Contactos
Tlf. 243 719 307 / 243 759 003
Tlm. 913 451 840 / 912 236 862
Fax. 243 759 003
E-mail: geral@em-campo.com
http://www.mycamp.pt/Quinta-Pedagogica/Quinta-Pedagogica-Broeira.html

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Questionário às escolas

De forma a contribuir para a evolução do Projecto no próximo ano lectivo, a AMES elaborou um questionário tanto para as escolas que já implementaram o Projecto no seu espaço como para as que pretendem fazê-lo no futuro. O seu preenchimento poderá ser efectuado aqui.
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Com este questionário pretende-se avaliar a implementação do Projecto Hortas Pedagógicas durante o ano lectivo que agora terminou, assim como a sua potencialidade no que se avizinha, sendo possível fazer observações ou sugestões para a sua melhoria.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sessão prática na EB1/JI das Lopas

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A EB1/JI das Lopas foi a mais recente a efectuar a sessão prática do Projecto Hortas Pedagógicas, tendo já a sua horta implementada.







Nas fotos, jovens hortelões a limpar os talhões de erva-daninha.

As turmas de 3º ano reutilizaram garrafas de plástico como recipientes de cerveja velha e água açucarada como armadilhas de insectos prejudiciais à horta.

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O compostor, ao pé da cozinha e debaixo de uma árvore protegido de sol e vento.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Resultados das Hortas - EB1 da Xutaria


Os canteiros dos tomateiros e dos feijoeiros da EB1 da Xutaria.




segunda-feira, 10 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Resultados das Hortas - EB1 Queluz nº 2

A EB1 Queluz n.º 2 pode orgulhar-se da sua Horta Pedagógica, para além de ser a maior (12 talhões), apresenta óptimos resultados: Uma forma inteligente de improvisar um espantalho - colocar um saco de plástico numa estaca.
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O talhão repleto de batateira.
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O grão de bico.
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A placa identificativa da Horta Pedagógica ao lado das alfaces.
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Parabéns à EB1 Queluz nº 2 pela sua Horta Pedagógica!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sessão prática na EB1/JI da Xutaria

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Na passada sexta-feira foi a vez da EB1/JI da Xutaria receber as sessões práticas do Projecto Hortas Pedagógicas.
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Apesar das dificuldades apresentadas por um terreno arenoso, inclinado e não preparado, conseguimos criar os talhões correspondentes a cada turma. Na imagem da esquerda podemos ver uma turma de JI empenhada no nivelamento do talhão.
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Depois de abertas as covas, os jovens hortelãos aplicaram adubo orgânico nas mesmas.
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Depois foi tempo de semear directamente na terra tomate, o legume escolhido pela turma. Outras turmas semearam, directamente na terra ou em alfobre reutilizando caixas de ovos, cenouras, alho-porro e tomate amarelo.


As covas com adubo.




Outra turma de JI empenhou-se no processo de transplantação dos seus feijoeiros, que semearam num vaso e mantiveram na sua sala de aula.

Depois de abertas as covas e da adubação orgânica, os alunos pegaram nos seus feijoeiros e puseram-nos na terra, regando-os de seguida.

Parabéns à EB1/JI da Xutaria pela implementação da sua Horta Pedagógica.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sessão prática na EB1 da Várzea de Sintra

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O Projecto Hortas Pedagógicas esteve ontem a ser posto em prática na EB1 da Várzea de Sintra, que se situa numa zona rural e cujos alunos, professores e encarregados de educação estão muito à vontade com a horta. Na imagem da esquerda podemos ver os jovens hortelões a limpar o seu talhão de ervas daninhas.
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Depois de limpo, foi tempo de abrir covas - a cooperação do Professor do 2º ano foi essencial, dado o esforço exigido pelo terreno, além do calor que já se fazia sentir pela manhã; abertas as covas, os alunos puderam aplicar um pouco de adubo orgânico nas mesmas e semear - mais uma vez, a experiência de alguns jovens hortelãos já era evidente.
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Depois de tapadas as covas, foi tempo de regar.
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O mega-compostor da EB1 da Várzea de Sintra, para onde foram enviadas as ervas-daninhas retiradas dos talhões, foi concebido com a colaboração da associação de pais da escola, assim como a preparação do terreno onde as hortícolas crescem.
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A AMES deixa aqui os parabéns à EB1 da Várzea de Sintra pelo óptimo trabalho na implantação da Horta Pedagógica!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sessão prática na EB1 Cacém nº 1



A EB1 Cacém nº 1 apresenta um PowerPoint na página do seu Agrupamento sobre o Projecto Hortas Pedagógicas. Nele podemos ler que:
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"…plantámos e semeámos várias espécies hortícolas: cenoura, batata, beringela, couve galega, couve nabo, couve portuguesa, morangos, cebola, alho francês,…e regámos…"




Com a ajuda da Técnica da AMES "montámos o compostor e procurámos um local para o colocar (protegido do sol e do vento). Depois pusemos, alternadamente, cascas de fruta e folhinhas secas no compostor…"
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"Também fizemos algumas experiências! Colocámos jornal em zonas afectadas por ervas daninhas, material biodegradável que permite a passagem de água mas impede o ataque da infestante; reutilizámos caixas de ovos como sementeiras protegidas; instalámos armadilhas para pragas, uma garrafa de plástico cortada com um terço de água açucarada."

"Mas o trabalho não acaba aqui! Há sempre coisas para fazer na nossa horta: uns dias tiramos ervas daninhas, outros regamos, outros vamos apenas ver como as nossas plantinhas crescem…"

A AMES deixa aqui os parabéns à EB1 Cacém nº1 pelo óptimo trabalho realizado na implementação do Projecto na escola! Mais aqui.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Manutenção da Horta

Para a manutenção da horta pedagógica, é essencial que se proceda a um conjunto de métodos de forma eficaz, tais como:
  • o desbaste: a horta tem que ser mantida limpa, as ervas daninhas e outras sujidades devem ser retiradas diariamente com a mão.
  • a rega regular: a horta deve ser regada duas vezes ao dia em dias quentes; o solo não pode ficar encharcado para evitar o aparecimento de fungos;
  • a rotação de culturas: técnica agrícola de conservação que visa diminuir a exaustão do solo, trocando as culturas a cada novo plantio de forma que as necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo. Aplicando esta técnica, melhoramos o controle de plantas daninhas e insectos, pela quebra de seu ciclo de desenvolvimento, variação da absorção de nutrientes, e ainda variação radicular explorando de diferentes formas o solo.

Sendo assim, as turmas envolvidas devem desde cedo organizar-se no sentido de assegurar que tudo corre pelo melhor. A cada colheita, deve ser feita a reposição do adubo para garantir a qualidade da terra e das hortaliças.

As ervas daninhas aparecem sempre nos lugares que menos desejamos, e por mais que as retiremos, voltam sempre mais cedo ou mais tarde. Na realidade a erva daninha é mesmo assim, e o combate ao seu aparecimento no jardim tem que obrigatoriamente ser periódico.
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Uma técnica de combate à erva daninha caseira, que, quando bem feita, obtém resultados muito bons, é retirar todas as ervas daninhas existentes na zona afectada; depois de limpo, aplicar à volta das plantas folhas de jornal molhadas em camadas sobrepostas; é importante colocar entre 8 a 10 camadas, pois se não forem suficientes não será efectivo; o papel permite que a água passe para baixo, mas surpreendentemente as ervas daninhas têm grande dificuldade em ultrapassar esta barreira (o mesmo não acontece com o plástico). A grande vantagem é que o papel é biodegradável e não polui o ecossistema da mesma maneira que os herbicidas. Quando cobrir a zona desejada, tapar o jornal com um pouco terra o que dará um aspecto bonito ao canteiro, escondendo a barreira contra as ervas daninhas.
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No entanto, quando bem utilizadas, as ervas daninhas são dos melhores companheiros para as plantas cultivadas; como é óbvio, nunca se deve permitir que as infestantes abafem as outras plantas mas em pequena quantidade exercem uma boa influência:
  • as extensas raízes das ervas daninhas penetram o subsolo fendendo-o e tornando mais fácil para as raízes das plantas a penetração mais funda em busca de água e nutrientes.
  • Algumas são úteis por fornecerem sombra e manterem a humidade nas plantinhas, evitando que sequem sob os raios solares. Além disso, a humidade do subsolo passa por capilaridade pelo exterior das raízes das ervas daninhas chegando ao nível em que as plantinhas a podem aproveitar.
  • Outra característica interessante é que as ervas daninhas parecem possuir a propriedade de acumularem os nutrientes em que um determinado solo é deficiente. As ervas daninhas também melhoram o solo por acção do seu sistema radicular, que fornece matéria orgânica ao solo, aumentando o teor deste e o do subsolo em húmus. .
Se num terreno as ervas daninhas têm um aspecto viçoso, provavelmente esse terreno será fértil para as plantas cultivadas. Alguns manuais aconselham que se deixe que essas ervas cresçam, mas efectuar o seu corte antes que produzam semente, e deixá-las murchar durante uns dias para depois proceder ao seu enterramento como estrume verde. Poderá também melhorar o composto orgânico incorporando nele as ervas daninhas.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sementeira em local definitivo e em alfobre

A sementeira em local definitivo, ou seja, na própria horta, é adequada às plantas que não "gostam" de ser transplantadas devido à sensibilidade destas ao transplante. Estão neste caso as favas, ervilhas, feijão verde ou seco, os nabos, as nabiças, os melões, melancias, meloas e muitas outras.
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Existe também a possibilidade de semear em local reservado a esse fim, ou seja, em alfobre, que tem a vantagem de iniciar a germinação numa altura em que não existem ainda todas as condições no local definitivo, permitindo um melhor aproveitamento do tempo, da temperatura e luz solar ambientes, mas com a desvantagem de operações de transplante.
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Normalmente as saquetas de sementes indicam o tipo de sementeira recomendado, bem como todo um conjunto de outras informações como a altura que a planta atinge quando adulta, que distância entre linhas é recomendada e que afastamento entre pés deve ser seguido, bem como o mês de semear e/ou transplantar e colher.
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Na descrição em texto comum se existir, há mais informação sobre os hábitos de crescimento, afastamentos e altura em adulta, etc. Por vezes a altura e os afastamentos recomendados aparecem sem nenhum texto mas apoiados num desenho das linhas com setas e legenda que indicam o afastamento entre linhas, entre plantas e a altura a que a planta chega.
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A sementeira em local definitivo pode ser feita em linhas ou a lanço. Isto é, podemos colocar as sementes ao longo de uma linha ou podemos lançar uma mão cheia delas para a terra. A sementeira a lanço é adequada para plantas de muito pequeno porte, que não vão ser afectadas em termos de sucesso de crescimento pela proximidade das sementes e futura germinação. É o caso da salsa, coentros, nabiças e outras que não necessitam de muito espaço entre as plantas.
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Para aquelas de semente miúda que são mais exigentes e necessitam de mais espaço entre si, normalmente semeia-se em linha e repica-se a germinação, ou seja, vamos deixando cair as sementes ao longo de uma linha e quando elas germinam, escolhemos as mais robustas e arrancamos as outras de modo a deixar uma planta de tantos em tantos cm ao longo da linha.
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Para as sementes grandes, colocamos 2 ou 3 em pequenas covas (covachos) ao longo da linha espaçadas do número de centímetros recomendado na saqueta.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sementeiras e Consociações

Abóbora Dois ou três pés de carabina em cada montículo afastarão os insectos das abóboras assim como dos pepinos; os nastúrcios repelem os percevejo da abóbora, assim como a cinza de tabaco quando colocados junto às sementes da abóbora junto à sementeira. As abóboras plantadas mais tarde ou mais cedo que o habitual normalmente não são atacadas pelas pestes.

Alface Semear em sulcos de cebola verde apanhada, o composto existente nos sulcos das cebolas alimenta as alfaces e repele os coelhos; cresce bem em conjunto com os morangos, o pepino, a cenoura, as cenouras e os rabanetes; exige tempo frio e muita humidade, a semente não germina em tempo muito quente; no Verão, as alfaces já germinadas precisam de sombra.

Alho Poderoso combatente dos mosquitos; óleo feito com emulsão de alho constitui um insecticida que mata 89% de pulgões e moscas da cebola; o alho criado com estrume orgânico é mais eficiente que o que é criado com fertilizantes químicos, pois nesse caso não há húmus suficiente para o desenvolvimento de fungos. O alho cultivado em torno de árvores de fruto evita as brocas (larvas perfuradoras de insecto). Contudo, os alhos inibem o crescimento das ervilhas e do feijão; plantar alho com o tomate contra a aranha vermelha.

Beringela O amaranto de raiz vermelha torna as beringelas mais resistentes ao ataque de insectos. A polvilhação das plantas, enquanto húmidas do orvalho, com pimenta de Caiena seca, afasta as lagartas. Quando cultivada entre o feijão-verde, não é atacada pelo escaravelho da batateira.

Beterrabas Desenvolvem-se bem junto do feijoeiro, cebolas ou rábanos; as alfaces e a maioria dos membros da família de couve dão-se bem quando cultivados junto às beterrabas.

Brócolos Desenvolvem-se bem com as plantas aromáticas como o aipo, o aneto, a camomila, a salva, a hortelã, o alecrim, as batateiras, a beterraba e a cebola; não plantar junto do tomateiro, feijão de trepar ou morangueiro.

Cebola Desenvolve-se bem consociada com couves, beterrabas, morangos, tomateiros, alface, segurelha e camomila. A lagarta da cebola passa de umas plantas para outras quando dispostas em linhas, para o controlo dessa praga convém espalhar as plantas por toda a horta em vez de ordenar em fileiras. Uma solução em água de pele de cebola aplciada 3 vezes durante 5 dias.

Cenoura Cebolas, alhos-porro, alecrim, absinto e salva actuam como repelentes da mosca da cenoura; desnvolve-se bem quando consociada com alface e tomateiro.

Coentro Repele afídeos a que são imunes. Tem quatro vezes mais caroteno que a salsa, três vezes mais cálcio, mais proteínas e sais minerais, mais riboflarina, vitamina B e niacina.

Couves Muito ajudadas pelas aromáticas e plantas com flores como o aipo, o aneto, a camomila, a salva, a hortelã, o alecrim, as cebolas e as batatas. Dão-se mal junto dos morangueiros, tomateiros e feijão de trepar.


Couve-flor A borboleta branca da couve é repelida quando se cultiva aipo perto da couve-flor, mas esta dá-se mal quando é cultivada junto do tomate e dos morangos.

Folhas de chá Misturá-las nas sementes de rabanete e de cenoura para afastar larvas e vermes.

Manjerico Ajuda o tomateiro a proteger-se dos insectos e doenças, melhorando-lhe também o crescimento e o sabor; é preferível cultivá-la em filas paralelas às dos tomateiros em vez de no meio deles; efeito repulsivo sobre as moscas e mosquitos.

Pepino Desenvolve-se bem em conjunto com o feijão, as ervilhas, os rabanetes e o girassol; preferem a sombra; enterrar 2 ou 3 sementes de rabanetes nas plantações de pepino para os proteger dos escaravelhos; se forem atacados por nemátodos, pulverizar com água açucarada.

Salsa Misturada com sementes de cenoura ajuda a repelir a mosca desta hortícola devido ao seu aroma.


Na tabela seguinte poderá consultar os meses adequados à sementeira ou plantação de diversos legumes:

Nesta tabela, o espaçamento adequado às covas:


Absinto Contra os animais, a borboleta da couve, o escaravelho-negro e mosquitos.
Alecrim Contra a borboleta da couve, o escaravelho do feijão, as moscas da cenoura e mosquitos.
Alho Contra o escaravelho japonês, afídeos, gorgulhos, brocas da fruta e aranhas. Atenção: como se lê no Manual do Professor elaborado pela AMES, “as aranhas têm-se revelado excelentes reguladores de pragas em sistemas agrícolas e muitas são conhecidos predadores de cigarras-verdes.”
Hortelã Contra a borboleta branca da couve.
Hortelã-pimenta Contra as formigas e as borboletas da couve.
Hortelã-verde Contra a formiga e o pulgão.
Manjericão Contra moscas e mosquitos.
Salva Contra a borboleta da couve, a mosca da cenoura e carraças.
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Fontes:
Newcomb, D., A Horta Familiar – A mini-horta intensiva, Publicações Europa-América 1991
Riotte, L., As Cenouras Amam os Tomates, Pub. Europa-América, 1989
Manual do Professor, AMES, 2009

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Insectos Auxiliares

Os insectos auxiliares constituem um recurso natural gratuito e renovável, presente em todas as culturas. Ao seu elevado valor e acção benéfica na limitação e controlo das pragas, junta-se a responsabilização pela polinização das flores. Assim, a existência de flores é determinante para a sobrevivência destes pequenos seres que estão na base de uma complexa cadeia alimentar. Basta cultivar plantas com flor, privilegiando-se as variedades de flor singela em vez das dobradas, devido ao facto da produção de néctar e pólen ser inferior nas últimas.
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As árvores, os arbustos e as trepadeiras, quando bem seleccionadas em relação às suas flores e frutos, são indispensáveis como fornecedores de abrigo e alimento a animais; espécies não exóticas têm superior capacidade de atrair insectos. Ao serem criadas as condições para a existência de insectos, de uma forma natural surgirão as aves, também elas indispensáveis ao controlo de certas pragas, sendo de extrema importância para o equilíbrio natural.
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Joaninhas A utilização da joaninha no combate a certas pestes é um método natural a considerar pela sua simplicidade, inexistência de efeitos secundários e o não afectar o meio ambiente que é normalmente tão castigado com químicos. Tanto os adultos como as larvas são vorazes predadores de afídeos e acarídeos, que são na sua generalidade considerados pestes dos espaços verdes, bem como de outras pragas de corpo mole que existem sobre a vegetação. Cada larva consome cerca de 200 presas até atingir a maturidade, o que a torna num eficiente agente natural de limitação de muitas pragas.
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Afidiídeos Os afidiídeos (Aphidius) são vespas parasitóides de cor preta, medindo aproximadamente de 2 a 5 mm de comprimento. Os adultos alimentam-se da melada dos afídeos.
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Aranhas As aranhas têm-se revelado excelentes reguladores de pragas em sistemas agrícolas e muitas são conhecidos predadores de cigarras-verdes.

Mais exemplos aqui.

Fontes:

Coutinho, C., Insectos Auxiliares da Agricultura, Ficha Técnica 101, D.R.A.E.D.M, Novembro 2004

Pereira, M. R., Contribuir para a preservação da biodiversidade, Publicação "A Joaninha", nº 86 Primavera/Verão 2010, pp 20, Edição Agrobio
Manual do Professor, AMES, Novembro 2009

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Horta Biológica - algumas dicas

  • Incorporação da matéria orgânica O composto é a melhor forma de matéria orgânica para a horta. Este produto é simplesmente uma mistura de materiais orgânicos decompostos. Num estudo da realizado pela Universidade de Arkansas, verificou-se que 7,5 cm de terriço de folhas bem decomposto, incorporados nos primeiros 15 cm do solo, podem aumentar 35% a 150% a produção da maioria das hortícolas.

  • Utensílios manuais O ancinho é útil para nivelar os canteiros e um sacho é recomendável para a realização de sachas de eliminação da vegetação infestante.

  • Incluir ervas aromáticas e flores em todas as hortas Grande número de horticultores têm verificado que essas plantas protegem as hortícolas de um certo número de plantas. Por exemplo: a borragem atrai as abelhas e repele as lagartas do tomateiro, o malmequer mantém afastados os escaravelhos do feijoeiro e repele os nemátodos, o alho e a cebolinha repelem os afídeos.

Controlo das pestes na horta - Prevenção

  • Manter a horta limpa através da erradicação de todas as infestantes.

  • Iniciar a horta com sementes e plantas sãs.


  • Plantar variedades residentes e plantas repelentes de insectos – podem evitar-se muitas doenças e pragas se forem cultivadas variedades residentes.

  • Ter cuidado com as regas por cima – o míldio e outras doenças ocorrem com frequência nas folhas que permanecem húmidas. Regar pela manhã, de modo que o sol seque a folhagem com rapidez; regar à mão por baixo das folhas.

  • Os malmequeres e o alho contêm óleos repelentes dos insectos. Outras são resistentes aos ataques de insectos:

- Afídeos Alho, chagas, hortelã, urtigas.

- Formigas Poejos, hortelã, tanaceto.

- Escaravelho do espargo Tomateiro.

- Lagartas da couve Menta, rosmaninho, salva, tomateiro.

- Traça da couve Aipo, hissopo, menta, rosmaninho, salva, tomilho, tomateiro, absinto.

- Moscas da cenoura Alho-porro, cebolas, rosmaninho, salsa.

- Escaravelho do pepino Mulch de folhagem de carvalho.

- Lagartas Alface de cabeça, menta, absinto.

- Escaravelhos saltadores Batateira, rosmaninho, mostarda de verão.

- Nemátodos Malmequeres africanos e franceses.

- Percevejo da batateira Rábano nos cantos dos canteiros com batateira.

- Moscas brancas Chagas.

Controlos simples

Iscos e barreiras Podem apanhar-se as moscas brancas com quadrados de cartão com cerca de 30 cm de lado, pintados de laranja ou amarelo brilhante e revestidos com óleo mineral.

Película de alumínio Os afídios, cicadelas, escaravelhos do feijão e tripes serão desencorajados quando se espalha uma película de alumínio sobre a terra em redor das plantas, assim como pássaros e pequenos animais.

Pires de cerveja Apanhar as lesmas e caracóis em pires de cerveja velha distribuídos por toda a horta.

Espantalhos e cobras de borracha são aliados tradicionais do horticultor.

Fonte: Newcomb, D. , A Horta Familiar – A mini-horta intensiva, Publicações Europa-América 1991

terça-feira, 30 de março de 2010

Sessão prática na EB1 de Queluz nº 2



A AMES realizou, na semana de 22 a 26 de Março, sessões práticas na horta da EB1 de Queluz nº 2, no âmbito do Projecto Hortas Pedagógicas.
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Cada turma visitou o seu talhão na horta, limpando-o de ervas daninhas de forma a semear ou plantar hortícolas.

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A compostagem não foi esquecida, tendo as sessões práticas incluído a determinação da localização adequada para o compostor - debaixo de uma árvore que o proteja de vento, sol e chuva.
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Foi também recordada a sua função e importância - reciclagem de matéria orgânica que de outra forma iria para aterro - e foi demonstrado como e o que depositar na pilha - neste caso, a escola recolheu previamente cascas de fruta e de batata na sua cozinha, tendo sido pedido aos alunos que apanhassem folhas caídas no chão.
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As ervas daninhas previamente tiradas da horta também foram usadas na camada mais inferior da pilha, bem como ramos caídos no chão, de forma a ser criada uma bolsa de ar na pilha, elemento fundamental para o sucesso da compostagem.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A AMES nas escolas do Concelho de Sintra

No âmbito do Plano de Actividades desenvolvido pela Agência Municipal de Energia de Sintra com a Divisão de Educação da Câmara Municipal de Sintra e em parceria com as Juntas de Freguesia, desenvolve-se desde o ano lectivo 2006/2007 um trabalho de oferta educativa nas áreas de Energia e Ambiente nas escolas do Concelho, onde se inclui o “Projecto Hortas Pedagógicas”.
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Este projecto é dirigido principalmente ao 1º Ciclo do Ensino Básico e aos Jardins de Infância, através da implementação de uma horta de Agricultura Biológica no seu espaço, ou seja, recorrendo a ingredientes de origem biológica e não a elementos químicos para fertilizantes, insecticidas ou herbicidas.
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Neste ano lectivo de 2009/2010, a AMES deslocou-se às escolas que mostraram interesse no Projecto, de forma a apresentar aquilo que se pretendia com o mesmo: dotar os docentes e discentes de conhecimentos teóricos e práticos sobre agricultura biológica, de forma a serem criados espaços de horta que levem a população escolar e circundante a respeitar e valorizar os espaços exteriores das escolas, incutindo o respeito pelo ambiente e passando a desenvolver uma actividade de valorização de resíduos através da compostagem.
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As escolas abrangidas pelo Projecto são:
  • EB1 de Queluz nº 2

  • JI de Vale Mourão

  • EB1/JI de Rio de Mouro nº 1

  • EB1 da Várzea de Sintra

  • EB1 do Cacém nº 1

  • EB1/JI da Xutaria

  • EB1/JI das Lopas

Com a criação deste blog pretende-se fomentar uma plataforma de troca de experiências e informação entre as escolas do Projecto e a AMES, sendo os Professores responsáveis pela implementação do projecto na sua escola convidados a "postarem" aqui as suas actividades, resultados e/ou dúvidas.