segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Manual do Professor

Já está disponível no site da AMES o Manual do Professor para a implementação do Projecto na escola, contendo informação sobre Agricultura Biológica, compostagem e algumas sugestões para actividades relacionadas com a horta.
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Criado para ser distribuído nas escolas do Projecto, a AMES disponibiliza-o a todos os interessados no seu conteúdo, após alguns pedidos para a sua cedência a entidades exteriores, aos quais a AMES respondeu afirmativamente.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Compostagem

A compostagem é um processo em que os microrganismos transformam a matéria orgânica como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo a que se chama composto, o adubo mais antigo e mais natural do mundo, podendo ser feito e usado directamente em cada horta ou jardim. O adubo natural que resulta da compostagem coloca-se directamente na terra da horta (solo) para melhorar a sua qualidade, pois a matéria orgânica que devolve à terra permite que microorganismos defendam o solo de doenças e parasitas.

Razões para compostar
Ao reciclarmos a matéria orgânica e restos de horta, produzimos menos lixo e contribuímos para o aumento da fertilidade dos solos. Sabia que os solos portugueses são muito pobres em matéria orgânica? A compostagem é uma forma de os enriquecer. O produto final – o composto – é um fertilizante natural que melhora a qualidade da terra onde crescem os legumes, evita a erosão, aumenta a quantidade água disponível para os legumes e protege o solo e os legumes de doenças. Assim, ao fazermos compostagem, não precisamos de usar herbicidas e pesticidas, produtos químicos nocivos para a saúde humana e para o ambiente.
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O compostor é o recipiente que recebe o material e onde nascerá o composto. Deve apresentar muitos espaços para a circulação do ar, ter uma rede na base para evitar a entrada de roedores e uma tampa para evitar a entrada em excesso da água quando chove. Pode ser industrial ou artesanal, sendo estes os mais adequados ao propósito da compostagem, sendo os de plástico mais facilmente degradáveis. Actualmente existe uma boa selecção, com grande variedade de escolha que pode ser encontrada em algumas lojas ou centros de jardinagem. Muitas vezes estão disponíveis por encomenda postal. Se não quiser comprar pode construir o seu compostor.

Deve colocar o compostor em cima de terra e não numa superfície impermeabilizada, isto facilitará a drenagem da água e a entrada de microrganismos benéficos do solo para a pilha. Deve ser colocado num local de fácil acessibilidade, protegido do sol, preferencialmente debaixo de um árvore caduca que permita a passagem do sol no Inverno e, no Verão, o proteja do calor excessivo. O recipiente deve também ficar protegido do vento.
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O que colocar no compostor
Podemos colocar no compostor plantas de exterior e de interior, flores murchas e frutas caídas, restos de café e chá com filtros e bolsas, restos de comida como pão, cascas de ovo, cascas de batata, legumes, borras de café, arroz, massa, cascas de fruta e cereais - os chamados "verdes". Também podemos colocar material cortado de árvores, sebes e arbustos: aparas de madeira, serradura, relva e erva seca, ramos pequenos, folhas secas, pequenas quantidades de cinza de madeira, feno e palha - os chamados "castanhos".

O que não colocar no compostor
Não devemos nunca colocar carne, peixe, marisco, lacticínios e gorduras (queijo, manteiga e molhos); excrementos de animais; resíduos de jardim tratados com pesticidas; plantas doentes ou infestadas; cinzas de carvão; ervas daninhas com semente; têxteis, tintas, pilhas, vidro, metal, plástico, medicamentos e produtos químicos.





Como colocar
Na primeira camada, colocar ramos e folhas, de forma a formar um bolsa que permita a passagem de ar. Depois colocar "verdes" e "castanhos" nas camadas seguintes, e terminar com uma camada de folhas. Revolver esta pilha de 3 em 3 dias. Quando o composto parecer e cheirar a terra, está pronto a utilizar.

Sugerimos aqui uma forma de proceder:
· Corte os resíduos castanhos e verdes em bocados pequenos.
· No fundo do compostor coloque aleatoriamente ramos grossos (promovendo o arejamento e impedindo a compactação).
· Adicione uma camada de 5 a 10 cm de castanhos.
· Adicione no máximo uma mão cheia de terra ou composto pronto; esta quantidade conterá microrganismos suficientes para iniciar o processo de compostagem (os próprios resíduos que adicionar também contêm microrganismos); note-se que grandes quantidades de terra adicionadas diminuem o volume útil do compostor e compactam os materiais, o que é indesejável;
· Adicione uma camada de verdes.
· Cubra com outra camada de castanhos.
· Regue cada camada de forma a manter um teor de humidade adequado. Este teor pode ser medido através do "teste da esponja", ou seja, se ao espremer uma pequena quantidade de material da pilha, ficar com a mão húmida mas não a pingar, a humidade é a adequada.
· Repita este processo até obter cerca de 1 m de altura. As camadas podem ser adicionadas todas de uma vez ou à medida que os materiais vão ficando disponíveis.
· A última camada a adicionar deve ser sempre de castanhos, para diminuir os problemas de odores e a proliferação de insectos e outros animais indesejáveis.
Atenção: este processo pode demorar alguns meses, dependendo da atenção do horticultor.

Resolução de problemas
De seguida encontram-se sistematizados alguns dos principais problemas, causas e soluções possíveis num processo de compostagem doméstica.

Fonte: “Manual do Professor”, AMES, 2009

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sessões teóricas nas escolas

Na semana passada decorreram as sessões teóricas do Projecto nas escolas do Pendão, do Casal do Cotão e de Agualva nº 3. Nestas sessões, dirigidas aos alunos, foram abordados os seguintes temas:

O ciclo de vida das árvores

A Agricultura Biológica


Para os mais velhos do 3º e 4º ano foram também abordados os seguintes temas:
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Como se alimentam as árvores
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Compostagem
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